​​​Resumo

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A teoria da relatividade tem mais de um século e ainda não nos habituamos a ela. Mais de cem anos não foi tempo suficiente para alterar os hábitos do nosso pensamento. Durante bastantes anos muitas pessoas viram a teoria como um conto de fadas dos filósofos; outros viram-na como uma espécie de abstração sem sentido em que os matemáticos gastavam o seu tempo. Mais tarde começamo-nos a aperceber que as ideias complicadas do trabalho de Einstein tinham consequências. Este facto fez com que aumentasse o nosso respeito pela teoria sem, no entanto, nos ajudar a percebê-la.

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Na sessão que abre o ciclo 2024/2025 das Tardes de Matemática, com Adérito Araújo, guiados pela mão da Alice e pela obra de Lewis Carroll, faremos um percurso, breve e despretensioso, pelas ideias básicas da teoria da relatividade, recorrendo a conceitos matemáticos muito simples como a semelhança de triângulos e o teorema de Pitágoras.

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Biografia

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Adérito Araújo exerceu durante vários anos o cargo de vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática e de diretor da revista Gazeta de Matemática. Foi presidente e mantém-se na direção do ECMI (European Consortium for Mathematics in Industry), um consórcio europeu de mais de uma centena de empresas e instituições académicas que visa promover e apoiar o uso da modelação, simulação e otimização matemáticas no tecido empresarial. Ao longo da sua carreira, tem procurado manter colaboração ativa com engenheiros, médicos, físicos e químicos em múltiplos projetos de cariz interdisciplinar. Os interesses científicos mais recentes do investigador incluem o desenvolvimento de modelos matemáticos e numéricos em aplicações biomédicas, em particular, no processamento de imagens médicas e na propagação da luz no olho humano.

Em paralelo, Adérito Araújo tem participado de forma constante na vida cultural e política da cidade. Depois de anos como coordenador geral do GEFAC (Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra), colabora agora com a Associação Cultural Tarrafo, onde é responsável pela conceção e encenação de vários espetáculos e eventos culturais. É um dos fundadores do projeto de intervenção cívica e política, Farpas Pombalinas, uma plataforma na Internet que se tem afirmado, desde 2008, como um espaço de aprofundamento da cidadania de importância crescente no concelho de Pombal, de onde Adérito Araújo é natural.